quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Meigo olhar

Ao ver o teu olhar tão puro e manso
Olhando o meu olhar com tal brandura,
Eu olho para ti e não me canso
De olhar a tua imensa formosura

E busco em meu jardim a linda flor
Na esperança de algum dia te encontrar
E ao procurar eu sinto o imenso amor
Que só consigo ver no teu olhar

E se algum dia no raiar da aurora
Tu vires que chegou a aquela hora
Que enche os corações de luz e cor

No teu olhar sereno, puro e manso
Hás-de encontrar por fim paz e descanso,
Sei lá, viver pra sempre um grande amor
Lançamento do livro Ventos do Norte, Antologia I, 
dos Poetas Poveiros, lendo o poema de Tina Tinoco


VENTOS

ventos violentos
empurram,
massacram,
atordoam,
levam algo valioso…
mas não derrubam…!
outros ventos surgem,
outras vontades nascem,
outros momentos acontecem,
| VENTOS DO NORTE · ANTOLOGIA I 245
e aquele vendaval que outrora amachucara,
metamorfoseia-se num subtil bailado,
onde os sentimentos se acasalam
e a vida brota miraculosamente,
entranhando- se nos recônditos do Eu,

tocando o topo da existência.

Tina Tinoco
Divulgando o Solar de Poetas, Poetas Poveiros, e Divulga Escritor 
no XIV Encontro Nacional de Poetas no Gerês

Mar de Prata

Mar de prata

Argente mar, que ocultas no teu ventre
Coberto por teu manto de fissuras? 
São peixes, são sereias, será gente
Ou também tu não sabes quem procuras?

A gente jaz silente em tua mente, 
Roubada nas marés cheias de agruras;
Os peixes, filhos teus, tu, ternamente, 
Os vais alimentando de algas puras...

E oiço-te a chorar, a marulhar, 
Murmúrios mais murmúrios pelo ar, 
Nesse vaivém sem fim, cheio de encanto!

Ai, mar de prata, casa de segredos, 
Que escondes desventuras e os degredos 
No impávido clamor desse teu pranto!

José Sepúlveda

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Serenidade

O mar esta sereno esta acalmia
Me traz paz e descanso ao coração
E fico olhando o mar a maresia
Perdido na penumbra da ilusão

Ai quem me dera ter sossego um dia
Viver a paz imensa que vivi
E olhando ao meu redor esta acalmia
Sentir que esta vida me sorri

O vento sopra solto esta sereno
Gaivotas pelo céu num voo amena
Silencio e paz se espalha ao meu redor

E nesta nostalgia fria e quente
Meu coração transmite a paz silente
Dum frágil coração cheio de amor

Pintura de Bárbara Santos