quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Um Mar de Poemas




Como um corcel, cavalga pela praia
Em ondas de prazer e alegria
Ele, saltita, solta-se, desmaia
E dá-lhe um longo abraço… e a acaricia

E espalha os seus segredos pela areia
Beijando-a… Como brincam à porfia
Em mananciais de afectos! E se enleia
Num rodopio, pleno de magia

Ouvi bramar seu forte pensamento
E vê-de que chegado esse momento,
Com sentimento, entrega com fervor

Um mar de poemas, puro, terno, infindo,
Tão cheio de candura, lindo, lindo,
Em suaves melodias…, doce amor!



José Sepúlveda



terça-feira, 2 de agosto de 2011

Anseio II

ANSEIO

Eu quero ouvir os sons, essa harmonia
Que um dia com seus versos te cantou,
Eu quero ouvir o tom e a melodia
Cantados quando a vida te entregou!

Ó areais sem fim, que dor sentia
Quando, abraçada a vós, se confessou!
Falai-me, por favor, da nostalgia
Que nesse dia a dor lhe outorgou!

Eu quero acreditar: Toda a tristeza
São laivos de amargor e de incerteza
Que quand a ti trouxer em seu clamor

Tu vais, ó mar, findar essa agonia
E vai raiar por fim um novo dia
Em que ela encontrará seu grande amor!