sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Quarenta anos depois...

Um ano e outro ano, minha amada…
Pudemos nesse dia relembrar
Os dias  de aventura apaixonada
Que um dia prometemos partilhar

Penoso e longo o nosso caminhar
Com rosas e espinhos na jornada
Coragem sem limite a derrubar
As pedras de tropeço dessa estrada

E agora, ao declinar o sol poente,
Olhamos para trás como quem sente
Tristezas, alegrias sem medida…

E neste humilde lar que Deus nos deu
Eu vejo em ti a estrela do meu céu,
Meu verso, meu poema, minha vida.
José Sepúlveda

Lágrima

Lágrima

Seguia de mão dada pela estrada
Lançando para o filho um meigo olhar
A sua mente assaz preocupada
Por não ter alimento pra lhe dar

Os tempos são de míngua, são de mágoa...
E nessa luta atroz de cada dia
Um pouco de alimento, um copo de água
E a fome e a tristeza se alivia

Parou num contentor, abriu confiante...
a sua expectativa num instante
Se esvaneceu... ali não tinha nada

E ocultando o seu sorriso lindo,
Seus olhos, rio de água se esvaindo,
Um pouco de pão duro lhe entregava…

José Sepúlveda