segunda-feira, 7 de maio de 2012

Vem






Vem,
dá-me um longo abraço, meu amor...
vem abraçar as garças, as gaivotas,
voando, esvoaçando em derredor
com mil trinados loucos, delirantes,
e em seus bailados ébrios, incessantes
banhar-nos de carinho, de fulgor...

Vem...
dá-me um longo abraço, meu amor,
vem ver no mal o sol que declina
em mananciais de estrias e se anima
beijando as águas frias do seu mar
naquele abraço cheio de magia!

Vem...
dá-me um longo abraço, meu amor,
vem dar-me o teu abraço à luz da lua
que faz brilhar meu rosto, teu olhar,
vai-te despindo até que fiques nua
e sinta o corpo teu a me abraçar...
Depois, entrelaçados, sobre a areia,
sem medos, sem temer a maré cheia,
amemo-nos e diz p'ra mim: sou tua

E nesse sonho lindo, por te amar,
te peço, meu amor,
vem-me abraçar!!!



José Sepúlveda




Sereia Azul







Sereia Azul, dulçor dos meus encantos,
Sulco os recantos deste imenso mar,
Desfaço-me em poemas, doces cantos,
Na esperança de algum dia te encontrar

E nesse caminhar, livre de prantos,
Mergulho nas carícias desse olhar
E perco-me nas ondas, rastos santos,
Dos teus cabelos lindos a brilhar

Deixa voar o sonho, a fantasia,
Permite-me viver essa utopia
Que em ti, Sereia, pude reencontrar

Que desde que caíste no meu peito
No afago dos teus seios me deleito
E aguardo, na esperança de te amar



José Sepúlveda