Adriana Henriques
Ai quem me dera
abrir teu pensamento,
Deixar-me navegar
num mar sem fundo,
Roubar-te o sol e
nesse espaço-tempo
Incendiar teu
peito tão fecundo…
Ai quem me dera,
princesinha bela,
Nadar em cor,
entrar nessa aguarela,
Alinhavando as
rendas do teu mundo!
Há nessa tela um
filho a irromper,
Enaltecendo a
força que há em ti,
No teu olhar
profundo de mulher
Resguardas o amor
que existe em si…
Imensidão e sede
de infinito
Que imerge em
profusão em luz e cor,
Um filho a ser
parido em tom aflito,
Envolto em extasia
e no seu grito
Servindo a causa
eterna do amor!
José Sepúlveda