segunda-feira, 13 de julho de 2015

Deserto


Deserto
Perdido na multidão,
Piso a areia do deserto
Numa triste solidão
Porque não ando aqui perto
Cambaleio, vou seguindo
Mitigando a sede, a fome,
Minhas forças se esvaindo
Na chaga que me consome
Os abrutes e os chacais
Vagueiam ao meu redor
Contam os passos fatais
Que acabem com tanta dor
É meu sonho de criança
Ver o oásis peregrino
Que me alimente a esperança
De chegar ao meu destino
Meu caminho hei-de seguir
Com a firme decisão
Que qualquer dia o porvir
Venha abrir meu coração
José Sepúlveda

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