Olhava aquele espelho à minha frente;
E ali sentado, inerte, eu via a água
Batendo, rebatendo numa frágua
E as gotas se espargindo, suavemente…
E enquanto caminhava ali, silente,
Eu partilhava aquele gozo ou mágoa…
E toda essa magia, agora trago-a
Gravada no meu peito, ternamente…
Depois, sentei-me ouvindo a melopeia
Das ondas e as gaivotas pela areia
Naquela sinfonia de encantar…
E, ali fiquei por tempos infinitos
Perdido entre a magia desses gritos,
Ouvindo os sons aflitos do meu mar…
José Sepúlveda
2 comentários:
Fico encantada com os teus poemas.
Obrigado, Manela, és uma ternura de menina.
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