sexta-feira, 18 de abril de 2014

25 de Abril



Liberdade

Salgueiro Maia sai com seus soldados
De Santarém naquela noite escura
E pra Lisboa vão determinados
A por um fim a longa ditadura

Chaimites e panhards avariados
Chegaram junto ao Tejo e - que loucura -
O povo os recebeu com rubros cravos
De braço dado em toda essa aventura

E ouvia-se gritar: - O Povo Unido
Agora nunca mais será vencido!
- Abaixo a opressão. - Haja igualdade!

- Ponhamos fim à guerra colonial!
- A Pide pra Caxias, Tarrafal!
- Morte ao fascismo! - Viva a liberdade!

José Sepulveda





Manhã de Abril

Naquela noite de quimeras mil
Salgueiro Maia, em plena madrugada, 
Juntou os seus soldados na parada
E ousou falar-lhes desse novo Abril

E disse-lhes: - Que Estados encontramos
Por esse mundo além? Capilalismo,
Fascismo, Socialismo, Comunismo
E este estado triste a que chegámos

- A este estado vamos por um fim;
E todo o que quiser venha após mim
Até Lisboa nesta noite escura...

E logo Companhia a Companhia
Seguiu seu Comandante e nesse dia
Ousaram derrubar a Ditadura!

José Sepúlveda

Sem comentários: