segunda-feira, 7 de abril de 2014

Meu verso, Meu berço, Meu poema


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Crónica de José Pedro Marques
VIZELA, 2014.04.06
DOMINGO
17.00H

ONTEM Á NOITE NO DIANA BAR
LIVRO DE POEMAS “MEU VERSO, MEU BERÇO, MEU POEMA”
DE JOSÉ SEPÚLVEDA

Sob alguma chuva, lá fomos, ontem à noite, de Vizela até à Póvoa de Varzim. O destino era o “DIANA BAR”, extensão da biblioteca municipal poveira. Para a participação, ainda que de forma passiva, em mais um dos já numerosos eventos literário-poéticos da iniciativa e responsabilidade do José Sepúlveda, enquanto criador do “Solar dos Poetas” e dos “Poetas poveiros e amigos da Póvoa”.
Para apresentação de mais este livro, agora da autoria do poeta José Sepúlveda, exímio sonetista, uma vez mais foi a Dr.a Conceição Lima, já baptizada e rebaptizada “madrinha dos poetas”. Já isto afirmamos e vamo-nos repetir: o Solar dos Poetas (com os poetas poveiros e amigos da Póvoa) e Conceição Lima por força do seu programa radiofónico HORA DA POESIA, passaram a ser duas partes de um todo. Inseparáveis e indivisíveis como se de irmãos siameses se tratasse.


Ontem, foi o” dia de festa” do Sepúlveda. De fato a rigor. Como de fato a rigor (como dantes era habitual nos domingos de ver-a-Deus” e se vestia a melhor roupa) se apresentaram os seus filhos Pedro e Luís. E nós também! E muitas mais pessoas também! E as senhoras, essas então, nunca falham! E como disse o seu filho Pedro, se uns o chamam “Zé Sepúlveda”; outros, apenas José; outros, o poeta José Sepúlveda; ele, seu filho Pedro, lhe chamava simplesmente “PAI”. Com todo o carinho, respeito e veneração filial como ali foi testemunhado e da assistência arrancou uma calorosa aclamação. De um filho que também já é Vizelense!
Foi uma sessão muito linda, com uma moldura humana muito boa com bons dizedores de poesia. E com o brilhante acompanhamento musical do Álvaro Maio, inseparável companheiro do autor desde a infância, ao que nos pareceu ter ouvido. E ”vizinho”. Ali ao lado, em Esposende. Uma sessão onde não faltaram as “secções” derivadas do “Solar dos Poetas”. Com uma referência especial às de Viana do Castelo e de Braga. Se não com tão numerosas “claques” de apoio, de outros lados os amigos apareceram. Diz o POVO que “os amigos são para as ocasiões”. E ontem foi ocasião. Muito especial para o autor do novo livro de poemas “ Meu verso, meu berço, meu Poema”, cuja capa foi da autoria do seu filho Luís que também fez a leitura de um poema. Como também o fez a esposa Amy e a nora que veio dos lados da Lousã. E o filho Pedro, Vizelense. E não vamos referir todos os dizedores, porque nem todos couberam na memória de que dispúnhamos para a nossa reportagem. A esses não incluídos pelo motivo que ultrapassou a nossa vontade, a nossa explicação e o nosso pedido de desculpa.


Sabemos, como dizíamos, do impacto de um momento assim tão gratifiicante para quem é homenageado através da apresentação da obra. Por isso já passámos também.  E numa situação destas é que se entende, com mais profundidade, o quanto vale ter amigos… solidários. Assim disse Manuela Bulcão, na introdução ao poema que leu. E se formos aos encómios, justos e merecidos – justos e merecidos e verdadeiros! – de Conceição lima ao longo de toda a apresentação da OBRA, que mais nos resta dizer, amigo Sepúlveda?...
Ainda mais umas coisitas… Desde a apresentação de ti poeta  à garantia que deste de que a Márcia Filipa irá ver mesmo publicado  um livro com poemas dela; e à forma brilhante como Conceição Lima sabe fazer (e fez!) da apresentação dos poemas como foi o caso nesta sessão, dos poemas deste livro teu, houve muitos episódios. Dos musicais de Álvaro Maio e vozes doces de embalar, à voz dramática e tonitroante do Carlos Lacerda  E a muitos “encontros”.  A começar pelo “encontro” com Manuela Bulcão e Tina Tinoco; houve arquitectura de palavras; houve a tua “performance” na leitura do poema que deu o nome ao teu livro “Meu verso, meu berço, meu poema”; houve uma sereia azul cantada e descoberta no oceano dos teus sonhos no teu mar da Póvoa; houve a contagem do tempo, no “Relógio” da Fátima Veloso; a tua vida de dois num só no poema da tua Amy Dine; dos teus filhos e nora: do perdão à prece, em momentos de “À deriva” e ao “Senhor, ouve o meu grito, a minha voz” na voz inflamada de Conceição Lima, depois da dura experiência de um “Nocturno” gravado na alma e na carne. Como também a contemplação. De paisagens interiores e do mar. Vendo-o e ouvindo lá longe o encanto da tal sereia azul; olhando para ele, na voz de Teresa Teixeira, oriunda das Alturas de Barroso e do Larouco e Montalegre pelo meio nas funduras das ruínas cenóbias de Sta Maria de Pitões das Júnias. Um nunca mais acabar de cenários e paisagens numa sessão de “arquitecdtura de palavras” em verso; em poema e em soneto. Houve até pecados! Imagina! Pecados de “sacrilégio!” do Álvaro Maia a cantar fado!


Uma recordação, caro amigo, que guardarás, gratificado para toda a tua vida.
Venha outro livro, que “ a seara é grande”; e para esta, muitos são já os trabalhadores! A sementeira foi feita e nesta “festa das tendas” ela é possível porque os “renovos” foram abençoados pelo Senhor do Padrão na “festa poética da espiga”. 

Notícias
A Voz da Póvoa, semanário, 9 de Abril

 Portal Municipal

Biblioteca Rocha Peixoto














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