sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Aridez


Aridez

Perdi-me no mundo
Num mundo as avessas
Saí num segundo
Por poetas travessas

Ao ver me perdido
Tristonho e sem norte
Meu corpo ferido
Esvaiu-se na sorte

Segui pela estrada
Buscando saída
Uma alma penada
Perdida na vida

No meu rumo incerto
Silente, sózinho,
Do longe fiz perto
Trilhei meu o caminho

Errante, à deriva,
Que triste sentir
Minha alma ferida
Não quer desistir

E vi num rochedo
Tão frio e sem cor,
Surgir sem ter medo
A mais linda flor

Um grito, um apelo;
Sorri de contente
Um quadro tão belo
Surgiu-me na frente

Corri confiante;
Quem sabe, algum dia
Regresse num instante
A paz e a harmonia

José Sepúlveda

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