sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Catraia

Catraia
A tua pata branca, essa leveza
'Stendida se lambias minha mão
Guardava para si dor e tristeza 
Oculta num sofrido coração
Não sei porquê mas eu tinha a certeza
Que nesse poço lindo de afeição
Tentavas-nos mostrar quanta beleza
Guardavas ante a dor e a aflição
A lazarenta pele, feridas mil,
Corriam-te no corpo e em teu perfil,
A fé num permanente renascer
E eis que o coração não mais resiste
E foi nesse momento em que partiste
Que, triste, eu vi quão fútil é viver!
José Sepúlveda

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