sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Perdido


Perdido
Perdi-me no caminho. De repente,
Qual pária, triste e só, eu fiz-me à estrada
Sózinho, como vão delinquente, 
Chorando, com minha alma amargurada.
Deixei meus sonhos. E eis que, indiferente,
Parti para uma longa caminhada...
Pra trás deixei amigos, muita gente
Que ao meu viver já nada acrescentava.
E vagueei por vales e florestas,
Dormindo em matagais, entre as giestas,
Embebedado em noites de luar.
E nessa solidão imensa e pura,
Bem longe dos caminhos da amargura,
No meu silêncio a paz fui encontrar!
José Sepúlveda

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