Perdido
Perdi-me no caminho. De repente,
Qual pária, triste e só, eu fiz-me à estrada
Sózinho, como vão delinquente,
Chorando, com minha alma amargurada.
Qual pária, triste e só, eu fiz-me à estrada
Sózinho, como vão delinquente,
Chorando, com minha alma amargurada.
Deixei meus sonhos. E eis que, indiferente,
Parti para uma longa caminhada...
Pra trás deixei amigos, muita gente
Que ao meu viver já nada acrescentava.
Parti para uma longa caminhada...
Pra trás deixei amigos, muita gente
Que ao meu viver já nada acrescentava.
E vagueei por vales e florestas,
Dormindo em matagais, entre as giestas,
Embebedado em noites de luar.
Dormindo em matagais, entre as giestas,
Embebedado em noites de luar.
E nessa solidão imensa e pura,
Bem longe dos caminhos da amargura,
No meu silêncio a paz fui encontrar!
Bem longe dos caminhos da amargura,
No meu silêncio a paz fui encontrar!
José Sepúlveda
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