sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Mar revolto


Mar revolto
O grande Adamastor vagueia à solta
Durante as marés vivas lá do mar
E grita furioso e em revolta
Durante toda a noite sem parar
O povo assiste aflito e impotente
Temente do que vai acontecer
E junto às dunas chora - pobre gente ,
E solta os seus lamentos, seu sofrer
Ó mar revolto, pai do Adamastor,
Porque te esvais em ondas de terror
Perdido nesta luta nua e crua?
Não vês que o povo sofre e num clamor
Está chorando com tristeza e dor
Vivendo essa revolta que é só tua?
José Sepúlveda

Sem comentários: