quarta-feira, 10 de julho de 2013

Poeta

Poeta

Pegou numa palavras ocas, vãs,
Tiradas do seu antro de venturas…
Juntou-lhes coisas boas, coisas más
E polvilhou com frases bem maduras

E o sentimento livre que se faz
De coisas simples, quem sabe, inseguras
Partiu à descoberta, sem afãs,
De vivo colorido, imagens puras…

E de repente viu-se confrontado
Com mil palavras, num amontoado…
Poliu-as, burilou-as, deu-lhes brilho…

Deixou gritar bem alto o pensamento
Em plena liberdade… e num momento
Soltou seu grito: - Ó Deus, nasceu-me filho!

José Sepúlveda

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